sexta-feira, 14 de setembro de 2007

SOMENOS














Do tanto que perdi
O quanto me sub/traí - Só
Eu sei...



A carne descolada
do o s s o
O espírito do corpo.

A lesma dos milésimos de segundos
Impregnando com seu limo torpe
a febre latejante de tudo que perdi.

O quanto me deixei
do tanto que fiquei
no sumidouro do espelho:
somenos!

Eu sei o que eu era...

A carne descolada   O   osso p.u.l.v.e.r.i.z.a.d.o
pelo aço inacreditável da dor que range 
e raspa até o pó
de tudo que perdi...

Do que foi... Do que fui...
Nem sombra.

Silvio Torres

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