quinta-feira, 24 de abril de 2008

Das Impossibilidades


Todas as imensidades:
as grandezas da natureza,
o sem fim da Terra,
o mais que perfeito revelado.

A matéria constituinte da vida:
praia, areia, espuma...
uma água de benzer: oceano e mar...
O ar, o céu, o espaço, o esplendor,
o indecifrável da vida indivisível.

Tudo, tudo, tudo...
Absolutamente tudo!

Mas...


Do que adianta a beleza do mundo,
se não tenho olhos de ver, mãos de tocar,
língua de provar, pele de sentir?!

Do que adianta o banquete servido
à regalia
se eu perdi o paladar,
se perdi o gosto da natureza de todas as coisas?


Sou o esfaimado sem boca
no reino das delícias.

Umbigo do meu prazer
na ceia morta
do meu corpo.
É obsceno "pedir, por favor!,
Nada de amor".







23.01.2007

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