quarta-feira, 27 de outubro de 2010

JOANA E MARIA ( Para Lucimar, minha sobrinha )






                                   Cheiro de café e humor,
rumor em gestos displicentes: amor.
Uma sensação tão boa
boa boa boa
reboa no meu vagar...

Joana, Mana
O amor é em pedaços
e eu não sabia!
Desvanece, exala, dissipa, volatiza
como tudo que é concreto.
Emana o aroma do amor-café:
ritual de prazer e açúcar
fervidos no paladar do aconchego.



O perfume da flor da alegria,
a grandeza das pequenas coisas,
passado no coador da lembrança
evola-se de outros tempos
enquanto o cafezinho traz
a felicidade das tardes a dois.

Conversas, canções, livros,
livres paixões de se sonhar...



Joana,
passa o café entre esperanças e sorrisos
que a fé há de abrir o aroma do coração outra vez!



Éramos tão jovens, Joana!
Como dói no presente a alegria de ontem!



A fé do nosso amor era fé de raízes,
tinha caule folha e flor!
Meu verso reside na força da afinidade:
Infinidade é Joana!



Uma velha canção cheirando à lembranças,
danças, andanças
de um tempo em que se era feliz...


Joana,
que fim levaram todas as coisas?





Torres Matrice




27/10/2010


















Nenhum comentário:

LinkWithin

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...