quarta-feira, 10 de novembro de 2010

Aboio






Triste aboio
conduz induz
a boiada dos dias meus
dias mortos que rumino
no sal dessa dor ímpia
sol do solfejar
aboio

Tangendo meu silêncio
o gemido
É nele que se dá o nó da amarra
a corda do adormecer
a porteira de um curral sem fim

Tanto sertão dentro da gente
tantos campos sem paragem
tanta amplidão de luto
veredas e descampados...

Onde me arrebanhar nessa dispersão?!


Torres Matrice

10/11/2010

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