quarta-feira, 3 de agosto de 2011

A poesia de Manoel de Barros são assobios rupestres a céu aberto para solar as ignorãças. ( Torres Matrice )






Trechos de livros de Manoel de Barros:




Quando as aves falam com as pedras e as rãs com as águas - é de poesia que estão falando.


Quem anda no trilho é trem de ferro, sou água que corre entre pedras: liberdade caça jeito.


Sou mais a palavra ao ponto de entulho.
Amo arrastar algumas no caco de vidro,
envergá-las pro chão, corrompê-las, -
até que padeçam de mim e me sujem de branco.



Por viver muitos anos dentro do mato
Moda ave
O menino pegou um olhar de pássaro -
Contraiu visão fontana.
Por forma que ele enxergava as coisas
Por igual
como os pássaros enxergam.



Um fim de mar colore os horizontes.


A voz de uma passarinho me recita.

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