domingo, 6 de maio de 2012

BURILAÇÕES









O design confirma
firme forma se afirma
estrutura em pé
enfuna enfim
altivez


Cada verso revisto
nisto não tem falhar
lar de musas papoulas
estrofes do porfiar


Arquitetura ideal
et cetera e tal
parnasiana talvez
artesanal frontispício
alexandrinos na tez


Fonema à emparelhada
cruzada abraçada interpolada
qual rima é a bola da vez?
Pobre rica preciosa 
rara imperfeita 
Xerez


Tanto esmero mero eros
amor pela palavra 
escultura de nós
voz de muito mais


Rodin Brecheret
Donatello Aleijadinho
Fídias Michelangelo




Moldar talhar esculpir
volume forma espaço
a espécie da criação


Burilações


O buril a palavra
lavra grava entalha
a malha da concepção


Porém contudo todavia
Angelus Pietá!
No âmago no íntimo nas vísceras
no centro recesso a intimidade
na dobra o arco a curva
acabrunhado compadecer


O edifício desmorona por dentro
a verdade desaba em sílaba
lábia por lábia
Samotrácia 
Inca Maia
Vênus de Milo
e Eu.










Torres Matrice


06/05/2012







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