quarta-feira, 20 de novembro de 2013

PIETER BRUEGEL - "Subida ao Calvário", a extraordinária obra-prima de Pieter Bruegel





"Subida ao Calvário", a extraordinária obra-prima de Pieter Bruegel, retrata a história da Paixão de Cristo passada na Flandres durante a brutal ocupação espanhola no ano de 1564, o mesmo ano em que Bruegel criou o quadro.










Em 1564, Pieter Bruegel pinta “A Subida do Calvário”, seu quadro de maior proporção. No centro da pintura, sob a indiferença geral, Cristo cai no transporte da cruz até o Calvário. Na parte superior direita, uma clareira com uma multidão de pessoas dispostas em círculo.






 A paisagem é flamenga, com exceção da grande rocha  aparece o grande moinho. Imagens de morte, corvos negros, os crânios, as rodas levantadas em paus onde seriam suspensos os condenados para serem ressequidos. A montanha é a divisão entre a vida e a morte, do lado de cá (esquerda) a vegetação, do lado de lá (direita) o deserto nu. 




























A humanidade esqueceu o Cristo na Cruz. O homem vestido de branco no canto inferior direito do quadro é, talvez, um autorretrato do autor, que observa parado. No centro, cavaleiros vestidos de vermelho, os soldados espanhóis que perseguem a população.














O MOINHO E A CRUZ - FILME DE RARA BELEZA ESTÉTICA MERGULHA NO UNIVERSO DO GENIAL PINTOR PIETER BRUEGEL







The Mill and The Cross ( O Moinho e a Cruz ), dirigido e produzido por Lech Majewski, escrito por Michael Gibson e Lech Majewski, diretor de fotografia Lech Majewski e Adam Sikora, com Rutger Hauer, Michael York, Charlotte Rampling, Joanna Litwin, Dorota Lis. Produção Angelus Silesius, Polônia-Suécia, 2011.





O filme O Moinho e a Cruz, baseado em um romance histórico de mesmo nome (não lançado por aqui e escrito por Michael Francis Gibson, que também co-escreve o roteiro), imagina o que o artista Pieter Bruegel (interpretado no filme por Rutger Hauer), deve ter visto e presenciado para pintar seu famoso quadro  A Procissão ao Calvário. A tela, pintada a óleo em 1564, é povoada por diversos personagens, mas tem em seu cerne a procissão de guardas e aldeões acompanhando o calvário de pessoas sendo levadas para execução, com claras referências religiosas. 






O Moinho e a Cruz, à primeira vista, causa impacto e é bem peculiar. Um dos motivos é a sua fotografia, que usa muito chroma key (o famoso fundo verde no qual são projetados imagens). O efeito do chroma key, por melhor que seja, geralmente é notado pelo olhar. No caso de O Moinho e a Cruz, esse efeito não é disfarçado, ao contrário, é exacerbado. Isso porque  aquilo que é projetado ao fundo é uma mistura de um cenário pintado (à la arte de Bruegel, muito bem feito, aliás, com as cores, saturação e contraste impecáveis) com atores. É como se na tela mostrasse a pintura, tendo alguns elementos substituídos por imagens reais (sobretudo os atores), nas cenas que se passam no ambiente retratado na Procissão ao Calvário, em diferentes graus de profundidade.










O diretor polonês Lech Majewski quis realizar um filme sobre o quadro de Brueghel, ou melhor, dentro do quadro. O pintor, interpretado por Rutger Hauer, anda à procura de personagens e acontecimentos que, aos poucos, compõem o grande quadro. O pintor procura histórias, o diretor reconstrói histórias, seguindo-o. 





São centenas de personagens, entre os quais o amigo e colecionador de arte Nicholas Jonghelinck (Michael York) , que encomendou o quadro. Charlotte Rampling é Nossa Senhora. O filme, a viagem, é ao interior do quadro que se vai compondo. A Natureza, a floresta, o nevoeiro, a luz das tochas. E os fundos, os ambientes são aqueles do quadro. No grande moinho, o amolador, o trabalho, os rostos, as cores, os cavalos e a aranha, a estrutura da tela. Ao quadro caberá contar muitas histórias, e como a aranha, deverá encontrar seu ponto de apoio. E entre o terror, os cavaleiros vestidos de vermelho capturam, batem, matam e atam à roda o condenado.








Dentre as mais de 500 figuras que preenchem a notável tela de Bruegel, O MOINHO E A CRUZ foca-se numa dúzia de personagens cujas histórias se revelam e entrelaçam numa paisagem panorâmica povoada por aldeões e cavaleiros em túnicas vermelhas. Entre eles, estão também o próprio Bruegel (interpretado por Rutger Hauer), o seu amigo e colecionador de arte Nicholas Jonghelinck (Michael York), e a Virgem Maria (Charlotte Rampling).











ASSISTA AO TRAILER DO FILME  O MOINHO E A CRUZ

MOINHOS DE HOLANDA




Os moinhos de vento foram colocados na lista da UNESCO como Patrimônio Mundial em 1997.





Uma rede de 19 moinhos de vento foi construída na Holanda, por volta de 1740, para drenar o polder da aldeia Kinderdijk, além  de outros polders circundantes. ( Polders são áreas de terra abaixo do nível do mar que são protegidas por diques ).







Os moinhos de vento ficam em fileiras ao longo de um canal de drenagem em forma de L , onde é bombeada a água dos polders vizinhos, até de bombas a vapor e energia elétrica que oferecem proteção e mais segurança  contra as inundações .




Este grupo de usinas, que aparece no vídeo abaixo, construído na aldeia Kinderdijk,  é a maior concentração de moinhos de vento na Holanda. E em nenhum lugar do mundo você vai encontrar tantos moinhos como perto da aldeia de Kinderdijk .








A fundação " Wereld Erfgoed Kinderdijk " mantém e preserva os moinhos de vento em Kinderdijk . A conservação não se limita aos próprios moinhos de vento, mas também abrange a conservação da própria zona na qual se situam os moinhos de vento .



A área de moinhos de vento de Kinderdijk está situado no Alblasserwaard entre os rios Lek e Merwede , cerca de 25 km de Rotterdam .



Os 19 moinhos de vento na aldeia de Kinderdijk simbolizam a maneira com que os holandeses conseguiram água. Durante séculos, eles tiveram a terra seca que havia sido devastada pela subsistência e inundações.










Moinhos

Alceu  Valença


Moinhos, moinhos
Moinhos de Holanda
Moinhos das Índias Ocidentais
Moinhos de vento, moinhos de água
Moinhos que sopram a dor dos meus ais
Coqueiros de Olinda
Moinhos de Holanda
Girando nos ventos chamados terrais
Moinhos de Haia, meus olhos de águia

De longe enxergam os canaviais





quinta-feira, 14 de novembro de 2013

FRIDA KAHLO




Pensavam que eu era uma surrealista, mas eu não era. Nunca pintei sonhos. Pintava a minha própria realidade.

Frida Kahlo


Pés, para que te quero, se tenho asas para voar?

Frida Kahlo


''Amputaram-me a perna há 6 meses, deram-me séculos de tortura e há momentos em que quase perco a razão. Continuo a querer me matar. O Diego é que me impede de o fazer, pois a minha vaidade faz-me pensar que sentiria a minha falta. Ele disse-me isso e eu acreditei. Mas nunca sofri tanto em toda a minha vida.Vou esperar mais um pouco...''

Frida Kahlo



"Diego, houve dois grandes acidentes na minha vida: o bonde e você. Você, sem dúvida, foi o pior deles."


''Ele leva uma vida plena, sem o vazio da minha. Não tenho nada porque não o tenho.''

Frida Kahlo


Amuralhar o próprio sofrimento é arriscar que ele te devore desde o interior.


Frida Kahlo



''Pinto a mim mesmo porque sou sozinha e porque sou o assunto que conheço melhor.''

Frida Kahlo









sábado, 9 de novembro de 2013

Alfred Eisenstaedt e a fotografia de um beijo imortalizado pela revista “Life”.








Fotografia imortalizada pela revista “Life”. 


Durante o anúncio do fim da guerra contra o Japão, em 14 de agosto de 1945, o fotógrafo Alfred Eisenstaedt registrou um marinheiro beijando uma jovem mulher de vestido branco. A mulher foi identificada mais tarde, na década de 1970, como Edith Shain. 


Foram necessários 67 anos para juntar novamente o casal retratado numa das fotografias mais emblemáticas e populares de todos os tempos. Tirada em plena Times Square, em Nova Iorque (EUA), quando um marinheiro decidiu celebrar o fim da Segunda Guerra Mundial beijando uma enfermeira. Bem mais tarde descobriu-se que o marinheiro é português.





 Alfred Eisenstaedt


Desde que tirou uma das fotografias mais populares de todos os tempos que o fotógrafo Alfred Eisenstaedt, da revista "Life", quis encontrar os protagonistas do famoso beijo. Sua histórica foto retrata um marinheiro beijando uma enfermeira em plena Times Square, em Nova Iorque, EUA, durante a celebração do fim da Segunda Guerra Mundial.




A fotografia mais emblemática de Alfred Einsenstaedt - um marinheiro beijando uma enfermeira na avenida Times Square após a vitória dos EUA sobre o Japão na Segunda Guerra.





Greta Zimmer Friedman e George Mendonsa nem sequer se conheciam. Mendonsa, agora com 89 anos, naquela ocasião, estava indo para um encontro marcado - curiosamente com a atual mulher -  iriam ver um espetáculo, quando este foi interrompido por um surpreendente anúncio: o Japão tinha se rendido e a guerra tinha acabado. Ao correr pela Times Square, a celebrar as notícias e após ter bebido "uns copos a mais", o marinheiro olhou para o lado e viu uma bela enfermeira. O jovem, empolgado e feliz com final da guerra, pois tinha chegado do Pacífico há pouco tempo, não resistiu e pregou-lhe um beijo, capturado em película por Eisenstaedt.



Já a famosa enfermeira, Greta Zimmer Friedman, nem viu o marinheiro aproximar-se para beijá-la. "Não o vi chegar e antes que me tivesse apercebido, já tinha sido agarrada. Mais tarde, quando vi a fotografia, não tive dúvidas, sabia que era eu. Uma pessoa não se esquece de um tipo que nos agarra daquela forma, não é? Ainda mais num dia como aquele". No entanto, a enfermeira diz não ter retribuído o beijo.



Greta Zimmer Friedman e George Mendonsa



A revista NS, do grupo Controlinveste, descobriu que o tal marinheiro que beijou a enfermeira desconhecida durante os festejos pós-guerra é George Mendonsa, um descendente de portugueses da Ilha da Madeira, contudo acabou por ser a rede de televisão CBS a juntar os retratados no mesmo local, 67 anos depois da data histórica.




Autores do beijo mais famoso do mundo reencontram-se 67 anos depois do fim da Segunda Guerra Mundial. O marinheiro e a enfermeira nem sequer se conheciam.





Quando a foto foi publicada, Mendonsa não sabia que era ele. "Um amigo meu, vários anos depois, levou-me uma revista que tinha a fotografia e disse que era eu. Achei que ele estava louco, mas depois vi que era verdade".





 "Não o vi chegar e antes que me tivesse apercebido, já tinha sido agarrada. Depois quando vi a fotografia não tive dúvidas, sabia que era eu. Uma pessoa não se esquece de um tipo que nos agarra daquela forma, não é? Ainda mais num dia como aquele". 




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