sábado, 14 de junho de 2014

A AGONIA BARROCA NAS OBRAS INQUIETANTES DO JOVEM PINTOR ITALIANO ROBERTO FERRI



















Como Caravaggio, importante pintor italiano do final do século XVI e início do século XVII, Roberto Ferri, também italiano como o grande mestre do barroco, tem causado polêmica nos círculos artísticos por onde tem passado. Essa polêmica vem através de suas obras produzidas sob grande influência do mestre Caravaggio. 

Roberto Ferri é um dos grandes herdeiros das técnicas puras do mestre do chiaroscuro barroco. A impressão que temos ao ver os quadros desse jovem seguidor do controvertido pintor do período barroco é a de que ele parece ter nascido numa Roma do final do período renascentista, mas que ressurgiu em pleno século XXI com um poder que inquieta, provoca, atordoa e seduz.
























O trabalho do jovem artista italiano Roberto Ferri, nascido em 1978, é inspirado em mestres da pintura clássica  como Caravaggio, comprovando que o estilo barroco ainda tem lugar em nosso atormentado mundo contemporâneo, especialmente quando Ferri adiciona um toque de surrealismo e sensualidade em suas telas que exibem anjos e demônios, masculinos e femininos, em ousadas montagens cheias de contraste entre a pureza e a luxúria.














Roberto Ferri, nascido em 1978, é um pintor italiano de Taranto , Itália , que traz em sua obra influências do estilo barroco. Seus quadros são profundamente inspirados em pintores barrocos, em particular de Caravaggio, mas também em outros antigos mestres do Romantismo  ou  do Simbolismo (David, Ingres, Girodet, Géricault, Gleyre, Bouguereau, Moreau, Redon, Rops, etc).


Sua obra está representada em coleções particulares importantes de várias partes do mundo como, por exemplo, em Roma, Milão, Londres, Paris, Nova Iorque, Madrid, Barcelona, ​​Miami, San Antonio (Texas), Qatar, Dublin, Boston, Malta, e no Castelo de Menerbes em Provence.  Seu trabalho já foi apresentado no polêmico pavilhão da Bienal de Veneza, Itália, em 2011 e já expôs no Palazzo Cini, também em Veneza.









Roberto Ferri é formado, com Menção Honrosa, na Academia de Belas Artes de Roma. Em 2003, fez a exposição-solo "Roberto Ferri e o sonho de Parnassus" no Centro de Arte Contemporânea de Roma. Suas obras já estão presentes em muitas e importantes coleções particulares em Londres, Paris, Madrid, Barcelona,​Miami, Nova York, San Antonio, Roma, Milão, Malta, Dublin, Boston, e no Castelo de Menerbes, Provence.









Pintura barroca é paixão, emoção, drama e crueldade. Além disso há o realismo emocionante da figura humana, do jogo sombrio na técnica do claro-escuro, há o movimento dramático e a exposição teatral que impressionam profundamente sob a quietude ou silêncio no uso da cor escura e no jogo de antíteses que exploram a tensão de um mundo dividido entre a dor e o prazer, o sagrado e o profano, o pecado e a castidade e inúmeros espelhamentos conflituosos.





























Seus temas sempre buscam de forma veemente a intensidade, principalmente o enigmático, através de contrastes de figuras, seres e objetos por meio de uma presença física de força incomparável. Ao evitar qualquer traço de idealização e realismo para fazer a sua pintura, suas obras deixam o espectador impactado.





































































Além de uma absurda perfeição e irrepreensível  uso de luz e sombras, Roberto Ferri expõe com total clareza e contemporaneidade a dor e o sexo. Suas obras são plenas de tons masoquistas e nudez, frutos, talvez de uma fixação pela arte que o inspirou, mesclada ao atual e recorrente tema do sexo e da morte.




































Se pararmos para observar cuidadosamente o olhar de alguns desses personagens, teremos a sensação de que seus olhos são penetrantes e profundos e que conduzem-nos a sua alma, fazendo-nos, assim, perceber a aflição ou o mal mascarado sob asas que parecem dar, ás vezes, um ar inofensivo ao ser.












É considerado por alguns como um pintor grotesco e perverso por radicalizar os seus temas e formas ao erotismo, masoquismo e sadismo. As suas obras já podem ser vistas nas mais importantes coleções de Londres, Paris, Madrid, Barcelona, Miami, Nova York, San Antonio, Roma, Milão, Malta, Dublin e Boston.











Às vezes, os personagens aparecem como quem sofre algum tipo de punição ou de mutilação e dor qual fossem  vítimas do pecado carnal, bem ao gosto do período barroco.























O artista trabalha com temas delicados como religião, ritual e sexualidade, sempre com um toque mítico ou místico, permeando entre a ternura e a ira, sem deixar de lado o característico drama que um bom e velho barroco deve possuir.





















































































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